terça-feira, 30 de setembro de 2008

O BASTÃO

Sobre como o bastão é o nosso Mestre-Mor, sobre a auto-crítica, a falta de fé, o amor próprio nulo, o não-domínio do meu tempo, da minha cena. Sobre a dificuldade de me tronar uma ATRIZ. E sobre a vontade. Sobre eu não ser dona do meu tempo em cena, sobre eu me desculpar por existir em cena, sobre desistir. Sobre eu desvalorizar o que faço, sobre eu querer minha mãe mas já tá na hora de me virar sozinha. Sobre o baque do bastão da aula da Mari de quarta passada. O baile que ele me dá. O medo que ele me bota. Sobre a competição. Sobre a raiva. A insegurança. E sob tudo isso estou eu. A verdadeira. A que custa a se mostrar, mas dá amostras em pequenas doses. Homeopáticas.

Um comentário:

Viviane Palandi disse...

o olhar para o eu....

muita generosidade em suas palavras querida.

nossa caminhada nesse eterno aprendizado..

bem vindo o bastão!!!