quarta-feira, 17 de setembro de 2008

De uma ansiosa (consciente) Por Thaís Navas

O que eu preciso fazer para conseguir me comunicar?
O que eu preciso fazer para conseguir fazer uma música?
O que eu preciso fazer para conseguir dançar tão bem?
O que eu preciso fazer para conseguir fazer tudo isso ao mesmo tempo em cena, neste espetáculo?
Eu falo outra língua. Gostaria muito de ser ouvida. E cá estou para ser ouvida!! e...
ai ai ai ai o que eu quero dizer? Tem que ser interessante, todo o mundo vai ver... ééé...
Vai, do começo:
Músicas foram criadas em grupo com muita rapidez, entramos nas aulas com muita lentidão. Mariana rouca eu chamei, eu chamei, eu chamei para passar o passadão. Luís chamou chamou chamou, foi buscar para passar o passadão... Juliana: "HEI! (...) Parou, parou! Devolve a agressividade do meu grito com mais agressividade, mechuta aqui na frente, quebra essa parede aqui!! E repetimos o passadão (sem trabalhá-lo).
Quebrar uma parede ia bem.

Desespero foi uma palavra recorrente essa semana, inclusive na minha boca. Desespero e ansiedade, muita ansiedade.
Tantos altos e baixos.
Tantas coreografias.
Tantas músicas.
Tantas possibilidades criadas nas improvisações e "os personagens centrais não cantam". Não sei o quanto compreendo.
"Texto árido, muito contemporâneo" - às vezes muito hermético, às vezes muito livre, não sei o quanto compreendo.
Encaixar a imobilidade deste texto e a linguagem de um musical! aaai não sei o quanto compreendo!!

Se o movimento está na iluminação, ainda estamos usando a geral.
Se não sabemos falar este texto, cadê a Lúcia?
Se é um musical, não tem nenhuma música nesta montagem.
E se as minhas descobertas corporais têm sido tão intensas, por quê eu não as estou usando?
Ta devagar.
E na sexta, a energia Suzuka... ferve, circula, pisa, grita, soca! E divide o peso que a gente carrega com o outro...
Aaah... E respira...

Relatório da Thaís, lido na aula do Luís Mármora do dia 17 de setembro de 2008.

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